sexta-feira, 22 de abril de 2011

O Homem do Castelo Alto, Philip K. Dick

O Homem do Castelo Alto

- De mistério não – disse Paul. – Ao contrário, uma interessante forma de ficção, talvez dentro do gênero de ficção científica.

- Oh, não – discordou Betty. – Não tem nada de científico. Não se passa no futuro. Ficção científica lida com o futuro, sobretudo o futuro em que a ciência é mais adiantada do que agora. O livro não é nada disso.

- Mas – disse Paul – trata do presente alternativo. Existem muitos livros célebres de ficção científica desse gênero. – Explicou para Robert: – Perdoe minha insistência mas, como minha mulher sabe, fui durante muito tempo fanático por ficção científica. Comecei a ler o gênero aos doze anos.  Nos primeiros dias da guerra.

(O Homem no Castelo Alto, p. 127)

A minha segunda leitura do Desafio Literário de abril foi O Homem no Castelo Alto, de Philip K. Dick, um dos principais autores do gênero.

O livro conta como seria se a Segunda Guerra Mundial tivesse sido vencida pela Alemanha e pelo Japão, quais as consequências para o mundo e principalmente para os Estados Unidos, país onde estão os protagonistas do livro.

O livro mostra vários personagens diferentes, cujas histórias se entrelaçam. Alguns me interessam bastante, mas aqueles nos postos políticos me entediaram um pouco, imagino por falta de conhecimento sobre o assunto.

A influência do I Ching na história foi um tanto exagerada, na minha opinião. Foram muitos os momentos filosóficos de personagens como o sr. Tagomi que não conseguiram me fazer filosofar nada, diferente da história em si que me fez refletir.

O que eu mais gostei da história foi a metalinguagem: um livro de história alternativa que traz como um dos elementos principais um livro de história alternativa, em que a Alemanha e o Japão perderam a guerra.

Para mim, a ideia de O Homem do Castelo Alto ficou muito além da execução. O livro tem uma ideia muito boa, mas com algumas partes entediantes e um final que me decepcionou.

2 comentários:

  1. Eu sempre tive uma boa dose de curiosidade pra ler alguma coisa desse autor, acho que desde que soube que foi um de seus livros serviu de inspiração para Blade Runner.

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  2. Também tenho curiosidade em ler o livro, principalmente, pelo conteúdo especulativo. Deve ser um bom exercício de imaginação. Gostei da resenha!

    Beijocas

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