segunda-feira, 2 de abril de 2012

Não Me Abandone Jamais, Kazuo Ishiguro

Não Me Abandone Jamais Eu ainda nem terminei a leitura do Desafio do mês passado, mas já li o livro desse mês, de literatura oriental.

Bom, apesar de não ser grande conhecedora, tenho interesse por literatura oriental, principalmente japonesa. Posso não ter lido quase nada, mas sei o nome dos principais autores e tal. Então já tinha várias opções em mente e acabei escolhendo Não me abandone jamais, do Kazuo Ishiguro.

O livro me chamou a atenção pela sinopse e o enredo de ficção científica, que entra em confronto com o título romântico.

Não tem muito para falar da história sem estragar o mistério, que aliás já é estragado na maioria das sinopses sobre o filme… O que sabemos logo ao começar a ler é que Kathy, a narradora do livro, vai ser doadora, após anos sendo uma boa cuidadora. Com isso, ela começa a lembrar de sua vida, da sua adolescência no internato Hailsham, com seus amigos Tommy e Ruth…

Na verdade, o livro não tem tanta história assim. É mais parado, são as memórias de Kathy contadas em tom de conversa, informal, o que pode irritar alguns e ser meio cansativo, mas eu achei o vocabulário bem escolhido e me parece ter tido uma boa tradução.

A leitura foi bem rápida para os meus padrões. Demorei mais de uma semana, mas só devo ter pego o livro uns cinco dias… Ou seja, eu me interessei bastante. Como os eventos são meio banais, às vezes cansava ler sobre mais uma briga de Kathy e Ruth, mas sempre dava vontade de ler mais um capítulo, até porque em geral os acontecimentos são citados, mas não explicados, nos fins dos capítulos (o que eu acho sacanagem, mas funcionou para mim).

Apesar de parecer pela minha resenha que o livro é sobre nada, apenas sobre o cotidiano dos amigos, há, claro, um tom filosófico e uma grande discussão por trás da história. Eu não achei tão brilhante assim, mas é de fato o que te faz pensar que valeu a pena ter lido o livro.

Assim, a leitura para mim foi proveitosa, principalmente em termos de prazer. Mas para muitas pessoas, o livro é chato e entediante, enquanto outras são completamente apaixonadas… Recomendo para quem gosta de livros que tragam grandes reflexões sobre a condição humana (por mais pretensioso que isso possa soar). E, caso alguém tenha preconceitos contra literatura oriental, esse livro não traz quase nenhum elemento cultural japonês. A história se passa na Inglaterra e o livro foi escrito em inglês, porque o autor apenas nasceu no Japão, mudando-se para a Inglaterra na infância.

4 comentários:

  1. Essa coisa de ter spoiler nas sinopses do filme é um saco, acho que eu já sei qual é o mistério do livro.

    Não sabia que o livro tinha um tom mais informal... Isso me deu vontade de ler logo, se possível neste mês mesmo. :)

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  2. Nossa, parece talhado para mim. Gosto de "e livros que tragam grandes reflexões sobre a condição humana (por mais pretensioso que isso possa soar)". Bjs

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  3. Gostei do título, no geral a literatura oriental não vem carregada de emoções como a ocidental, por isso muitos estranham, acham maçante ou parada demais, mas quando a gente se acostuma fica mais fácil, vale à pena pelas reflexões. Abraço
    Ana
    http://organizando-o-caos.blogspot.com.br/2012/04/desafio-literario-de-abril-minha.html

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  4. Li, mas não consegui fazer a resenha dele ainda, nem sei se vou conseguir. Fiquei deprimida quando acabei.
    Na minha opinião leiga, a literatura oriental é extremamente melancólica, e não foi diferente com esse livro.

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