sexta-feira, 16 de maio de 2014

Marley & eu, John Grogan

Marley & Eu

Marley era, sem sombra de dúvida, uma dor de cabeça. (…) Ele tinha uma coleção de maus hábitos e maus comportamentos. Era culpado por tudo que fazia de errado. (…) Parte de nossa atribuição como seus donos era adequá-lo às nossas necessidades, mas outra parte era também aceitá-lo como ele era. Não apenas aceitá-lo, mas apoiá-lo e a seu espírito canino indomável.

                                                                                                        (Marley & eu, p. 153)

Sempre achei cachorros muito fofos. Quando criança, era meu sonho ter um, mas acabou ficando só no plano imaginário (saudades, Kita!). Atualmente, ao mesmo tempo em que morro de vontade de ter um bichinho para dar carinho, tenho preguiça e pavor só de pensar no trabalho que eles dão, neles destruindo minhas coisas, babando em mim… É, ter um cachorro não é para mim. Mas continuo gostando de ler sobre o assunto, de procurar fotos de filhotinhos e de assistir programas do Animal Planet.

Marley & eu é, eu acho, o primeiro livro que fez sucesso sobre animais de estimação reais. Depois dele, veio um monte de livros: sobre gatos, cachorros e mesmo papagaios e porcos. Não sou muito fã de não-ficção, mas queria ler Marley & eu pelo sucesso que ele fez e para saber como seria ter um cão. E, bom, continuo achando que não é para mim.

Marley é um labrador muito amoroso, mas muito mal comportado. Ele come tudo o que vê pela frente, só obedece quando quer e é impossível de ser controlado. O livro narra todas as desventuras e momentos de amor com o cão e mostra que ter um cachorro não é fácil. E indiretamente ensina que se você quer ter um, não siga o exemplo de John Grogan. Ele e sua família só queriam um cachorro para ver se conseguiriam cuidar de um, escolheram a raça sem pesquisar antes — e claro, nem pensaram em adotar—, e deixaram o cachorro se machucar várias vezes, tentando conter o seu estresse. Não sei como é realmente cuidar de um cachorro, mas achei que eles maltrataram um pouco o Marley. Mesmo assim, acho que isso corresponde a realidade de muitos donos de cachorro, então é interessante.

Muita gente que não gosta do livro diz que ele fala muito do autor, porque fala dos seus trabalhos e da sua família, mas acho que não dá para esperar outra coisa. Se o livro só focasse na história do Marley ficaria mais entediante, porque não é uma história muito surpreendente. E é interessante ver como a família Grogan é bem típica classe média/alta americana.

A leitura do livro é bem fácil e não entusiasma, mas também não cansa. Não vou morrer de saudades do cão Marley, mas fico feliz por ter conhecido uma parte dele. Mais feliz ainda por ser através de páginas do livro, porque assim ele não pode pular em mim nem babar. Recomendo o livro especialmente para quem já teve cachorros.

Avaliação final: 3/5

Um comentário:

  1. Faz tempo que eu li esse livro, mas foi legal ler sua resenha e ouvir seus comentários, assim fui relembrando as coisas.

    Mas como assim você não quer um cão corridão, pulão e babão? Nem se for um baby samoiedo? ;)

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