sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O verão do Chibo, Vanessa Barbara e Emilio Fraia

O verão de Chibo

Assim que o Bruno confirmou o passamento do nosso cascudo, confortando o Cabelo com a mão no ombro, observamos um minuto de silêncio. O Chibo não deixou ninguém ficar triste, e o que se viu em seguida foi o funeral mais suntuoso que houve nos lados de cá da árvore vermelha: meu irmão fez um discurso comprido, eu virei o meu short do avesso para parecer limpo e o Cabelo cantou “Eu Sou um Bolinho de Arroz”, alto e sem chorar, guardando todo o respeito que só as grandes personalidades inspiram.

                                                                                                   (O verão do Chibo, p. 31)

Não é segredo que eu adoro livros com narradores crianças. Sejam eles infantis ou para adultos, gosto de ver como o modo de pensar das crianças é recriado na literatura. Então, quando descobri O verão do Chibo, fiquei logo interessada em ler.

O livro conta a história das férias de verão de um menino, que costumava brincar com seu irmão mais velho, Chibo e outros amigos. Mas, nesse verão, ele é abandonado pelo Chibo sem saber o motivo e se sente rejeitado. As coisas não são mais as mesmas no milharal em que eles ficavam.

A leitura, infelizmente, não ocorreu no ritmo que eu esperava. O livro é curto, com cento e poucas páginas, mas foi difícil de entrar na história e eu demorei mais dias do que esperava para terminar de ler. O narrador tem o seu mundo de brincadeiras e achei complicado entender o que estava acontecendo. Aí, como não consegui entrar na história desde o começo, acabei ficando confusa e desanimada para continuar lendo.   

No entanto, O verão do Chibo tem momentos memoráveis, que causam identificação no leitor e uma saudades da infância. Gostei do trecho que eu separei, porque eu, mesmo sendo uma criança de prédio, também já fiz um funeral para um inseto. Só que ele não era treinado nem incrível como o Bob.

Esse é um dos livros que me deixam em dúvida se o problema sou eu ou eles. Talvez, se eu estivesse mais atenta à leitura desde o começo, teria me envolvido mais. Talvez o livro só não seja para mim. O lado bom de resenhar só por lazer é esse: eu não preciso me preocupar com a resposta dessa pergunta, só sigo em frente para a próxima leitura.

Avaliação final: 2,5/5

Um comentário:

  1. Eu tbm adoro livros narrados por crianças, sendo ou não infanto-juvenis! Durante a resenha eu esperava que vc tivesse gostado! :(
    Qualquer dia tentarei ler o livro e te conto se gostei ou se tive as mesmas impressões que você! ;)
    Samara - www.infinitoslivros.com

    ResponderExcluir