sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Winnie Puff, A. A. Milne

Winnie Puff

Lá vem Urso Eduardo descendo a escada, tum, tum, tum, batendo a cabeça, atrás de Christopher Robin. É a única maneira que ele conhece de descer a escada, mas às vezes acha que deve haver outro jeito. Se pudesse parar de bater a cabeça por um momento, com certeza conseguiria descobrir. Depois ele acha que talvez não haja mesmo outra maneira. Em todo caso, agora já desceu e está pronto para ser apresentado. Winnie Puff.

Eu gosto muito de literatura infantil e isso não é segredo para ninguém. Adoro reler meus queridinhos da infância, mas às vezes vou atrás do que ainda não li. É o caso de Winnie Puff. Não sei o que me fez não ler o livro antes: eu gostava dos personagens, tinha uma pelúcia dele e adorava os cadernos (tenho vários até hoje). Talvez eu não achasse os filmes tão interessantes? Talvez nunca tenha visto o livro em um momento oportuno para lê-lo? Mistérios. O fato é que li pela primeira vez aos vinte anos, e provavelmente gostei tanto, ou mais, quanto se lesse aos oito.

O livro conta as histórias dos amigos de Christopher Robin: Puff, Leitão, Coelho, Oió — o Tigrão não aparece nesse livro. É curioso como os nomes variam conforme a época. Para minha irmã, por exemplo, o Oió é o Bisonho. Para a minha geração, é Ió, além dessa diferença entre Pooh e Puff. Os animais e Christopher Robin passam por aventuras como ir a uma Expotição de descoberta e procurar um Vuslo. Algumas dessas histórias estão nos vários filmes e curtas, então podem ser velhos conhecidos. Para mim, só o filme mais recente, de 2011, estava fresco na memória, por isso a maioria das histórias foi novidade.

A leitura de Winnie Puff me trouxe três reações diferentes: um coração quentinho, um sorriso no rosto e… vergonha alheia. O fato é que, apesar de apenas Winnie Puff ser tratado como Urso de Muito Pouco Cérebro™, nenhum personagem é muito esperto. E aí eu morri de dó do Oió porque ele não tem noção de nada e já está sempre triste e é tão desesperador! Porque o Puff sabe que é burro e é querido por todos, o favorito de Christopher Robin, mas o Oió é rejeitado e quando ele fica feliz porque acha que o foco é nele na verdade não é… É de cortar o coração.

Enfim, tristezas à parte, fiquei bem satisfeita com o livro. Foi uma primeira leitura que pareceu releitura, porque tem uma narração tão gostosa que me lembrou dos meus livros favoritos, ao mesmo tempo que tem um estilo próprio. Agora eu quero ler os outros da série e me encantar mais um pouquinho com o Bosque dos 100 Acres.

Avaliação final: 4/5

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